Objetivo Geral:

Implementar um centro de referência canábica e atuar como catalisador técnico-científico para a implementação, desenvolvimento e consolidação da indústria canábica brasileira como novo setor econômico, formando um socioecossistema canábico, circular e sustentável.

Metas:

1. Desenvolvimento de cultivo agroecológico voltado para a exploração de C. sativa; 
2. Desenvolvimento de recursos genéticos vegetais de C. sativa;
3. Desenvolvimento de formulações veterinárias a partir de derivados C. sativa;
4. Desenvolvimento de formulações alimentares para animais;
5. Prover subsídio técnico-científico para a indústria Alimentícia;
6. Prover subsídio técnico-científico para a indústria têxtil;
7. Prover subsídio técnico-científico para a indústria de celulose;
8. Prover subsídio técnico-científico para a indústria de biocombustíveis;
9. Prover subsídio técnico-científico para a indústria de construção civil;

Estimular, fomentar e criar um ambiente favorável ao surgimento de startups e empresas voltadas para a exploração da C. sativa.

A configuração geopolítica e econômica mundial torna iminente a regulamentação do cultivo de Cannabis sativa L. (Cannabaceae) no Brasil. O país vem debatendo o uso medicinal da C. sativa desde 2015, tendo sido aprovado o texto-base de um projeto de lei (PL 399/2015) que regulamenta o seu cultivo para fins medicinais e industriais em 2021. O texto prevê a regulamentação do cultivo para fins medicinais (incluindo veterinário) e industriais por pessoas jurídicas como empresas, instituições de ensino e pesquisa, organizações da sociedade civil e farmácias vivas.

Com o cultivo do cânhamo, a regulamentação impulsiona a pesquisa e inovação tecnológica no Brasil em uma área em franca expansão, com mais de 25 mil produtos derivados da C. sativa para desenvolvimento nas indústrias têxtil, combustível, plástico, celulose, alimentícia, zootécnica, automobilística, construção civil, e outras ainda a serem implementadas.

A UFSC é pioneira científica na área (https://noticias.ufsc.br/tags/maconha/) e o Campus de Curitibanos é o primeiro centro universitário com autorização para cultivo e beneficiamento da C. sativa L. O Centro de Ciências Rurais foi também o primeiro a incluir a Endocanabinologia em cursos de graduação no país, desenvolve pesquisas na área, e é considerada a maior referência nacional na área de Medicina Veterinária Canabinoide.

Para a consolidação da área no Brasil, é preciso a Universidade abranger todas as etapas, processos e meios de produção a fim de assegurar a continuidade, a economicidade e a diversidade dos estudos.

Forma-se aqui o Centro de Desenvolvimento e Inovação Canábica – o CEDICAN, partindo-se do cultivo agroecológico de C. sativa para fins de obtenção de diversos produtos para uso veterinário de alta qualidade, além de prover matéria-prima para pesquisas nacionais e geração ‘rejeitos’ a serem aproveitados para o desenvolvimento de produtos de interesse para as indústrias supracitadas. O CEDICAN permite que a Universidade seja partícipe do processo de transição regulatória no país, provendo informação científica atual e acurada em todas as áreas de possível uso de produtos derivados da C. sativa e fomentando a indústria nacional, a geração de empregos e a soberania nacional.

O centro vem na contramão da retirada de investimentos nos país, em especial em ciência, tecnologia e educação (https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2022/12/reitores-de-universidades-dizem-que-cortes-nos-recursos-da-educacao-podem-deixar-500-mil-estudantes-pobres-sem-bolsa.ghtml), já que há amplo e manifesto interesse de investimentos robustos, fruto de avanços e conquistas da UFSC Curitibanos.

O Centro de Ciências Rurais do Campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina conquistou autorização judicial para o cultivo, preparo, produção, fabricação, depósito, porte e prescrição da Cannabis sativa, sendo a única instituição de ensino e pesquisa do Brasil a obter tal licença para pesquisas veterinárias.

Neste contexto, a UFSC Curitibanos, uma das maiores referências em Medicina Veterinária Canabinoide da América Latina e Caribe,  possui o potencial para desenvolver pesquisas para garantir o uso econômico e terapêutico da C. sativa e pavimentar a indústria brasileira.

O Centro de Desenvolvimento e Inovação Canábica (CEDICAN) é um centro de referência canabinoide com missão de atuar como catalisador técnico-científico para a implementação, desenvolvimento e consolidação da indústria canábica brasileira como novo setor econômico.

Responsável pelo cultivo agroecológico de Cannabis sativa para fins de obtenção de produtos para uso veterinário de alta qualidade e diversidade, o CEDICAN pretende garantir matéria-prima e recursos tecnológicos para pesquisa e desenvolvimento de produtos de interesse para as indústrias parceiras, atrair e fomentar a criação de empresas e startups em Curitibanos, e formar um socioecossistema canábico.

Localização estratégica

O Campus de Curitibanos está localizado em uma importante interseção econômica-universitária do estado. O CEDICAN converge a agroindústria alimentícia com as indústrias têxteis e de celulose, facilitando a logística de pesquisa e desenvolvimento em diversos setores econômicos.

O CEDICAN é situado no polo madeireiro de Santa Catarina, região com grandes indústrias de celulose. O Campus de Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina pode contribuir para o desenvolvimento da indústria têxtil do cânhamo, garantindo tecnologia, conhecimento e soberania nacional. Instituições e empresas públicas e privadas de grande calibre estão estrategicamente posicionadas de modo a permitir abordagem múltipla para o avanço do setor.

Oportunidade e Sustentabilidade

Hoje o mundo aproveita menos de 5% da biomassa produzida pela Cannabis. O Cânhamo pode substituir fontes altamente poluentes de diversos setores industriais.

Alguns usos do cânhamo para a indústria brasileira.

Na área têxtil, o cânhamo consome 2,5x menos água do que o algodão e produz o mesmo em ¼ do tempo. Na indústria da celulose, que desmata o equivalente a uma Portugal por ano no mundo, o cânhamo inverte o fluxo de emissão de CO2, sendo carbono negativo. O mesmo acontece na construção civil, responsável por 40% do total de emissões, em que o concreto de cânhamo absorve 50 kg de CO₂ por kg produzido, enquanto o concreto convencional emite 250 kg para o mesmo kg. Biocombustível, supercondutores, superalimento, bioplastícos e tantas outras áreas podem ser explorados.

Iniciando pelo avanço científico e desenvolvimento de produtos para o uso veterinário, e pelo desenvolvimento de linhagens, protocolos e produtos para o cultivo medicinal e, futuramente, industrial, o CEDICAN permite que a Universidade seja partícipe do processo de transição regulatória no país, provendo informação científica atual e acurada em todas as áreas de possível uso de produtos derivados da C. sativa L., possibilitando e fomentando a indústria, a geração de empregos e a soberania nacional.

Seja um parceiro do CEDICAN e apoie essa causa rumo à liberdade e soberania nacional.

Saiba mais em cedican.paginas.ufsc.br